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   "E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas [coisas], e que sinal [haverá] da tua vinda e do fim do mundo?"
                                                                                                        (Mateus 24:3)

   Muitos ao estudarem esse texto encontram na internet e em muitos livros, a informação de que esse texto é uma profecia sobre o retorno de Cristo. Eles alegam que aqueles discípulos perguntaram sobre três eventos. Um evento teria um cumprimento imediato e os outros dois seria em um futuro distante.

   A primeira pergunta foi: "quando acontecerão essas coisas?", sendo esta uma referencia ao "não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada", dita anteriormente por Jesus. Isto, segundo eles, teria se cumprido no ano 70 d.C., quando Vespasiano e Tito cercaram Jerusalém e assolaram a cidade e o templo.

   Já para as duas últimas perguntas: "que sinal haverá da sua vinda e do fim do mundo?", aqui, dizem eles, os discípulos estavam perguntando ao Mestre quando Ele iria retornar, e quando seria o fim do mundo.

   Minha proposta é analisar a mente daqueles discípulos: Será que eles realmente perguntaram a Jesus sobre o dia que Ele retornaria?

A Incompreensão e temor dos Discípulos

   Segundo o Evangelho de Marcos capítulo 9, Jesus aproveita a passagem sigilosa pela Galiléia (v.30) para voltar a ensinar sobre o sofrimento da cruz e a ressurreição. Ele dizia:

Verso 31 "O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará". O Evangelho diz que (verso 32) "Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo".

   Mateus registra o mesmo evento e acrescenta um detalhe:

   Mateus 17:22-23: "Ora, achando-se eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens; E matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará. E eles se entristeceram muito".

   Em outra ocasião Jesus abordou a questão de sua morte e ressurreição:

Lucas 9:43-45: "E todos pasmavam da majestade de Deus. E, maravilhando-se todos de todas as [coisas] que Jesus fazia, disse aos seus discípulos: Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos, porque o Filho do homem será entregue nas mãos dos homens. Mas eles não entendiam esta palavra, que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca desta palavra.

   Os discípulos não conseguiam conceber um Messias sofrendo. Para eles Jesus era o rei político que iria vencer a opressão do Império Romano. Eles não aceitavam a ideia do sofrimento e da morte de cruz. Estavam tão fixados no sofrimento que não prestaram a atenção ao fato de que Jesus iria ressuscitar. A própria palavra sobre a ressurreição de Cristo não foi compreendida [...], pois Eles viviam o entusiasmo de andar com o Messias "político" e não tinha em seus corações espaço para a aceitação da morte na cruz. Isso seria um fracasso. Por isso tudo, não compreendiam as palavras de Jesus. Além de não compreenderem, tinham medo de interrogá-lo. Da outra vez que Jesus falou sobre o sofrimento, Pedro o reprovou e foi repreendido severamente (Marcos 8:31-33). Provavelmente por isso ficaram com medo de reprovar suas palavras com relação ao sofrimento. Não entenderam as palavras sobre o sofrimento e tiveram medo de interrogá-lo.

   Após a morte de Cristo os evangelhos relatam que as mulheres foram ao sepulcro, mas não o acharam, mas viram dois anjos:

Lucas 24:5-8: "E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, Dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras".

   Podemos notar que aqueles discípulos estavam desesperados com a morte de seu Messias, e estavam decepcionados, frustrados, pois não esperavam que Jesus viesse mesmo a morrer.

   Lucas registra a conversa entre dois discípulos no caminho de Emaús com o próprio Jesus, mas eles não o reconheceram, e desabafaram sobre suas frustrações.

Lucas 24:15-28: "E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. (16) Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.
    E ele lhes disse: Que palavras [são] essas que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes? E, respondendo um, cujo nome [era] Cléopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as [coisas] que nela têm sucedido nestes dias?
   E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.
   É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto [uma] visão de anjos, que dizem que ele vive. E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam [ser] assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não [o] viram.
   E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas [coisas] e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. E chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe".

   Temos no verso 21 uma declaração de expectativa frustrada, e percebemos também a incredulidade daqueles discípulos em relação ao testemunho daquelas mulheres. João registra que Pedro e outros discípulos desapontados com a morte do seu Messias, resolvem voltar a pescar, novamente mais uma demostração de expectativa frustrada.

Jo 21:2-3 diz: "Estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galiléia, os [filhos] de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam".

   Os evangelhos relatam que somente após a ressurreição é que os discípulos puderam compreender as Escrituras.

João 2:19-22: "Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito".

João 12:14-16: "E achou Jesus um jumentinho, e assentou-se sobre ele, como está escrito: Não temas, ó filha de Sião; eis que o teu Rei vem assentado sobre o filho de uma jumenta. Os seus discípulos, porém, não entenderam isto no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto estava escrito dele, e [que] isto lhe fizeram".

João 20:9: "Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos".

O Equívoco com relação ao Seu ministério e ao Reino

   Em Cafarnaum Jesus interroga seus discípulos: "De que é que discorríeis pelo caminho?" Eles não tiveram coragem em responder porque (verso 34) "pelo caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior". Uma vez que pensavam que Jesus fosse implantar um Reino político em Jerusalém, já lutavam entre si por cargos. Havia uma grande discussão sobre quem era o maior na plataforma política. Eles foram chamados para ser mártires do Evangelho.

   Todos os apóstolos foram mortos (segundo a tradição apenas João teve morte natural). Mas ainda não sabiam qual seria seus ministérios. Pensavam que seriam grandes políticos e ministros no reino terrestre de Jesus em Jerusalém. Mas esse não era um equívoco somente daqueles discípulos, na verdade aqueles discípulos refletiam o pensamento escatológico de seu tempo. Esperavam um Messias político, religioso, com atributos tais como os de Moisés, Josué, que reinaria em Jerusalém como Davi. Essa era a expectativa judaica daquele tempo, os líderes religiosos daquele tempo também esperavam tais coisas, e quando tiveram oportunidade, perguntaram ao Mestre:

Lucas 17:20-21: "E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós".


   [Diante do que vimos, de fato, e de verdade, os discípulos não perguntaram a Jesus em Mateus 24:3 sobre Seu retorno (ou Segunda Vinda) como muitos sugerem, mas sobre Sua vinda como Messias político que iria os libertar do poder de Roma e trazer a era messiânica. Tal entendimento errado foi corrigido por Jesus. É lamentável - que assim como aqueles discípulos - muitos estudiosos de nosso tempo também têm um entendimento errado sobre Mateus 24:3. Tal entendimento errado, muitas vezes, não é por falta de ensinamento seja através de livros ou mídia, mas sim por causa da dureza dos corações.]

 

* Fonte: Arquivo Preterista
   www.arquivopreterista.blogspot.com.br

Acessado Domingo, 14 de Maio de 2017

 

 

 

A imaturidade dos discípulos e o conceito errado sobre o retorno de Cristo
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Por Arquivo Preterista

Adaptado e alterado
por César Francisco Raymundo